sexta-feira, 9 de agosto de 2013

VIDA NOVA

O casal resolveu morar com D. Zilá, afinal, o ninho que o seu falecido marido havia deixado era espaçoso e cabia tranquilamente uma família bem grande. Viveram felizes e juntos por um bom tempo. Porém, com a notícia da chegada dos pimpolhos, era melhor pensar em construir uma nova casa, com espaço para as crianças brincarem. Além disso, D. Zilá arrumou um namorado e iria se mudar para outra mata. A casa seria construída nos galhos de uma laranjeira, no quintal de uma família diferente das outras famílias humanas. O quintal era preparado para receber a passarinhada, fosse da espécie que fosse. Eles mantinham uma piscina limpinha para que os pássaros tomassem água e se refrescassem do imenso calor que fazia naquela cidadezinha, privilegiada pelo lindo rio que passava por lá. O Rio São Francisco fazia com que aquela cidade fosse uma das melhores de se viver, ali, naquela região. Mas, apesar da imensa quantidade de água, o calor era, às vezes, insuportável. Dessa forma, aquele quintal era um verdadeiro oásis para a passarada. E ainda havia uma goiabeira que durante todo o ano lhes servia de banquete. Melhor lugar do que aquele para se viver, não havia.

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